Hoje em dia, somos expostos a muitas selfies e fotos de pessoas sempre perfeitas nas redes sociais. Pensando no quanto essa imagem ilusória de perfeição pode fazer com as cabeças dos adolescentes, Rankin, um fotógrafo de moda, destaca a perfeição que alguns adolescentes querem alcançar nas redes sociais através de um projeto. Dessa forma, ele denuncia os retoques / filtros usados nessas plataformas e mostra o quanto isso pode destruir a confiança e a auto-estima dos adolescentes.
Chamam-se Jennifer, Felix, Alessandra, Maisie, Issac, Seb, Benedita, Shereen, Mahalia, Eva, Siena, Tomas, Emma e Georgia. Todos são adolescentes com idades entre 10 e 19 anos. Como todos os jovens da sua idade, eles passam muito tempo nas redes sociais. E, querendo ou não, as redes sociais são uma vitrine (nem sempre real) da vida das pessoas.
Nessas plataformas, o lema é muitas vezes a perfeição, pois a corrida por “curtidas” nunca acaba. Mas quais são as consequências para os adolescentes e sua relação com eles mesmos? Acostumados a ver corpos musculosos (e retocados), nádegas perfeitamente arredondadas e rostos simétricos, eles podem perder a confiança em si mesmos. Uma coisa devastadora quando se está construindo a sua personalidade.
O talentoso britânico e fotógrafo Rankin, fundou várias revistas conhecidas como Hunger, Dazed & Confused e lançou recentemente um novo projeto chamado “Selfie Harm” disponível em sua conta no Instagram e em seu site oficial.
Ele pediu aos 14 adolescentes que posassem na frente da lente com um rosto limpo. Em seguida, pediu-lhes que mudassem o retrato até que eles fossem “bom o bastante para as redes sociais”. Sem surpresa, as fotos originais são transformadas e são bem retocadas: os olhos são ampliados, os lábios são mais volumosos, as peles são todas lisas, o rosto é altamente refinado. Atualmente, não há necessidade de ser um profissional do Photoshop para retocar suas fotos. Os filtros disponíveis no Snapchat ou no Instagram mudam os rostos em alguns segundos. Com eles, os adolescentes tentam recuperar os códigos valorizados pela sociedade e cumprir os “ditames da beleza” vendidos por eles.
“As pessoas imitam seus ídolos, querem seus olhos maiores, seus narizes menores e sua pele mais clara, e tudo isso para as redes sociais, essa é apenas outra razão pela qual vivemos em um mundo onde estamos sempre com medo de não estar no lugar certo na hora certa, onde a tristeza, o aumento da ansiedade estão crescendo. É hora de reconhecer os efeitos nocivos que essas plataformas têm na auto-imagem ” diz Rankin em sua conta no Instagram.
Ele acrescenta, no entanto, que a maioria dos modelos preferiu a imagem original e isso nos deixou feliz!
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