Boné do MST: Um item que representa o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra acabou se tornando um adereço de moda, usado até em baladas e festas, e gera polêmica nas redes sociais.
Os bonés viraram motivo de polêmica nas redes sociais após uma usuária criticar as pessoas que os utilizam sem fazer parte do MST, como “acessório de balada”. Segundo a crítica, o uso do boné banalizaria o movimento social, a partir do momento em que começasse a ser utilizado por uma parte da população que, teoricamente, não faz parte de fato do ativismo político e social brasileiro.
A pessoa que fala que quem não é do MST não deveria comprar bonés e camisetas do movimento certamente não é do MST. Compartilha aí sua foto com o boné mais queridinho do Brasil! ♥ pic.twitter.com/K22B24if3k
— Sofia Lisboa – Contrapalavra (@sofiabhlisboa) March 8, 2022
Boné do MST na moda:
A polêmica chegou ao próprio MST, que se manifestou favoravelmente à disseminação do uso do acessório. Segundo o movimento, a moda do boné do MST é motivo de “orgulho”. “Nós nos orgulhamos quando vemos pessoas que não são do MST utilizando os nossos símbolos, nossos bonés, camisetas e bandeiras. Sabemos que utilizar esses símbolos é assumir um compromisso na sociedade. É dizer ‘ocupa tudo’! É dizer, pedagogicamente, que as conquistas elas só são arrancadas através da luta e da organização”, declarou Kelli Mafort, da direção nacional do MST.
🤔💬 Nas redes sociais só se fala naquilo: “Afinal, quem pode usar o boné do MST?”
🚩 O boné do MST é um símbolo da organização, assim como a bandeira, o hino, a lona preta, a foice e o facão. Os trabalhadores e as trabalhadoras Sem Terra utilizam o boné há quase 40 anos no pic.twitter.com/KFdkbG9w39
— MST Oficial (@MST_Oficial) March 8, 2022
O boné do MST já apareceu na cabeça da atriz Alinne Moraes e também no Oscar de 2020, sendo levado pela equipe do filme “Democracia em Vertigem”. Essas peças que viraram itens da moda nas grandes cidades são fabricadas há 34 anos em Apucarana.
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