Coqueluche. Quem já viveu algumas décadas sabe bem que, antigamente, essa doença era um verdadeiro pesadelo, especialmente para crianças. Hoje, graças às vacinas, ela está mais controlada, mas ainda é motivo de preocupação, porque não escolhe idade para atacar.
A coqueluche voltou a preocupar autoridades de saúde em diversas regiões do mundo. Na União Europeia, pelo menos 17 países relataram um aumento significativo nos casos da doença. Entre janeiro e dezembro de 2023, foram notificados 25.130 casos no continente.
Já no início de 2024, entre janeiro e março, o número subiu para 32.037 casos, afetando várias faixas etárias. Os grupos mais impactados foram os bebês com menos de 1 ano, seguidos por crianças de 5 a 9 anos e de 1 a 4 anos.
No Brasil, o último surto expressivo de coqueluche ocorreu em 2014, quando foram confirmados 8.614 casos. Entre os anos de 2015 e 2019, os números oscilaram entre 3.110 e 1.562 casos por ano. A partir de 2020, houve uma redução considerável, atribuída às medidas de isolamento social e à pandemia de Covid-19, que reduziram a circulação de muitas doenças respiratórias. Ainda assim, entre 2019 e 2023, todas as 27 unidades federativas do país notificaram casos de coqueluche, e os números em 2024 permanecem elevados.
Um exemplo alarmante é o estado de São Paulo, que registrou 139 casos de coqueluche entre janeiro e o início de junho de 2024. Esse número representa um aumento impressionante de 768,7% em comparação ao mesmo período de 2023, quando apenas 16 casos haviam sido confirmados.
Mas o que é, afinal, a coqueluche? Como essa infecção é transmitida? A seguir, vamos detalhar tudo o que você precisa saber, desde as formas de diagnóstico até as fases da doença, duração dos sintomas e muito mais.
A coqueluche, também chamada de tosse comprida, é uma doença infecciosa respiratória altamente contagiosa causada pela bactéria Bordetella pertussis. Essa bactéria ataca o sistema respiratório, especialmente a traqueia e os brônquios, causando inflamação e a característica tosse intensa e persistente.
Embora possa afetar pessoas de qualquer idade, a coqueluche é especialmente perigosa para bebês, idosos e indivíduos com o sistema imunológico comprometido. Ela é transmitida de pessoa para pessoa por meio de gotículas de saliva expelidas ao tossir, espirrar ou até falar.
Os sintomas iniciais podem se assemelhar a um resfriado comum, como coriza, febre baixa e tosse leve, mas, com o tempo, a tosse se torna muito mais grave, podendo levar a crises que dificultam a respiração e, em casos graves, causar complicações como pneumonia e até morte, principalmente em crianças pequenas.
Felizmente, a coqueluche pode ser prevenida com vacinas, como a tríplice bacteriana (DTPa/dTpa), que protege contra difteria, tétano e coqueluche. Além disso, tratamentos com antibióticos ajudam a controlar os sintomas e reduzir a transmissão.
Em casos mais graves, essa tosse interminável pode causar pneumonia, lesões nas costelas (de tanto tossir) e até convulsões. E, olha, nos bebês, o risco de complicações é ainda maior, incluindo encefalopatia (lesão no cérebro) e até morte. Não quero assustar, mas é importante saber que coqueluche não é brincadeira.
A coqueluche afeta principalmente o trato respiratório, incluindo a traqueia (ou seja, a parte inicial da via respiratória) e os pulmões.
Como a vida, a coqueluche também tem suas fases — e nenhuma delas é boa. Vamos lá:
Aqui a coisa parece só um resfriado. O paciente apresenta coriza, febre baixa e tosse leve. Essa fase dura de 1 a 2 semanas. É traiçoeira, porque a pessoa ainda não sabe que está com coqueluche, mas já está espalhando a bactéria por aí.
É aqui que a coqueluche mostra sua cara feia. A tosse se intensifica e vem em crises, às vezes tão severas que deixam a pessoa sem ar e provocam o famoso “guincho”. Essa fase pode durar 2 a 6 semanas (ou mais, se a pessoa não for tratada).
Depois da tempestade, vem a calmaria… mais ou menos. A tosse começa a diminuir, mas a recuperação completa pode levar semanas ou meses. E, olha, o corpo sai exausto dessa batalha.
O tempo que a bactéria da coqueluche leva para começar a causar sintomas, chamado de período de incubação, varia entre 4 e 21 dias, mas em casos muito raros pode chegar a até 42 dias. Um dos principais sinais de alerta é uma tosse seca e persistente, que muitas vezes chama a atenção para a possibilidade da doença.
Para confirmar se é realmente coqueluche, o exame de PCR em tempo real é um dos métodos mais importantes. Ele identifica diretamente o DNA da bactéria Bordetella pertussis, permitindo um diagnóstico rápido, com resultados que geralmente saem em poucas horas. Além disso, há os exames sorológicos, como o IgM e o IgG, que também têm um papel importante. O IgM é útil para identificar a infecção logo nos estágios iniciais, enquanto o IgG ajuda a entender se o paciente já teve contato com a bactéria no passado ou se está protegido pela vacinação.
Outros exames, como hemogramas e raios-X do tórax, podem ser usados para complementar o diagnóstico. Eles ajudam a verificar o estado geral de saúde do paciente e a descartar outras doenças que podem causar sintomas parecidos com os da coqueluche. Esses exames fornecem uma visão mais ampla da situação e são essenciais para planejar o tratamento adequado.
Se você já ficou gripado por alguns dias e achou ruim, imagina enfrentar a coqueluche, que pode durar meses. Em média, todo o ciclo da doença leva de 6 a 10 semanas, mas em casos mais graves, o sofrimento pode se estender por mais tempo. E mesmo quando a tosse vai embora, a pessoa pode sentir fraqueza por um bom período.
Ah, essa é uma boa pergunta! Sim, tem vacina para adultos, e ela é importantíssima. A vacina dTpa protege contra coqueluche, difteria e tétano.
Se você, como eu, já está na “melhor idade” ou vive perto de crianças pequenas, vale muito a pena conversar com seu médico sobre tomar essa vacina.
A coqueluche ainda está por aí, mesmo com tanta tecnologia e vacinas. O segredo para se proteger é a vacinação em dia e ficar atento aos sintomas. Se você ou alguém próximo começar a tossir daquele jeito persistente, não espere: procure logo um médico.
Lembre-se: cuidar da saúde é um ato de amor com você mesmo e com quem você ama. E, se eu puder dar um último conselho de um velho cansado, é este: a prevenção sempre vale mais do que o arrependimento.
Agora, respira fundo (se puder) e me conta: ficou com alguma dúvida? Estou aqui pra ajudar, mesmo que o fôlego já esteja curto! 😊
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