Seios: Algumas tem pouco, outras já tem muito… e a moda adora brincar com eles. Nesta temporada, seja nos desfiles ou nos tapetes vermelhos, os seios se revelam de forma teatral, mas sem ficarem nus.
“Cubra estes seios que eu no poderia ver”, esta famosa citação de Tartuffe de Molière, nunca teve tanto significado. Os seios, a sociedade os reverencia, às vezes até a obsessão, mas dificilmente tolera ver um mamilo que aponta por baixo de uma camiseta. Uma ambivalência com a qual a moda já brincou. Seja pela transparência, ilusão de ótica ou desenho, os seios se revelam sem serem vistos.
Claro, esta não é a primeira vez que os seios ocupam o centro das atenções na moda. Lembramos, por exemplo, os seios de Jean Paul Gaultier nos anos 80, imortalizado por Madonna durante sua turnê mundial, Blond Ambition Tour. A modelo Bella Hadid subiu as escadas com um vestido outono-inverno da Schiaparelli haute couture durante o Festival de Cinema de Cannes em 11 de julho de 2021. Qual a particularidade? Decote sob os seios, revelando os seios, sutilmente recobertos por um colar em forma de brônquios. Uma roupa aclamada por sua ousadia.
E durante a última semana de moda parisiense, em setembro de 2021, a influenciadora italiana Chiara Ferragni, vestida com um top transparente que mostrava os seios, exceto os mamilos escondidos por uma ilusão de ótica (um mamilo dourado).
Ou a rapper americana Cardi B que causou sensação com seus looks extravagantes, também em Paris, por andar com falsos seios dourados. Repetidamente em Schiaparelli. A casa francesa sempre teve um gosto acentuado pela provocação e pelo surrealismo, esta é a sua marca.
Pudemos ver nas primeiras filas dos desfiles uma onda de decotes ou protetores de mamilos. Uma espécie de provocação, muito teatral, quase burlesca. São vários os motivos para isso, os seios experimentaram a liberdade durante o confinamento por conta da COVID-19, paramos de usar sutiã e roupas apertadas e não queremos ter que voltar a isso novamente.
Na coleção outono-inverno 2021-2022 da Jacquemus, um mini cardigã usado por muitas pessoas, como a modelo Kendall Jenner ou a cantora Dua Lipa, não deixa muito espaço para a imaginação. Evitamos mostrar nosso corpo de maneira muito agressiva, sujeito à censura. Nós o vestimos, despindo-o. Nós o sugerimos, mas também não o tornamos invisível.
Uma ambivalência em um contexto onde diferentes correntes se chocam e respondem umas às outras.
Nos últimos anos, vimos coleções sem gênero se desenvolverem entre muitas marcas, sem, no entanto, se afirmarem completamente. A vontade de mostrar os seios também chega em um momento em que a tendência de não gênero está muito presente. Basicamente, esse arquétipo de feminilidade serve para afirmar e assumir o gênero.
Assim como as questões de gênero são onipresentes na sociedade. Indiretamente, há uma resposta às neofeministas que buscam apagar as diferenças. E não é que a mulher seja um brinquedo do patriarcado. Falamos acima de tudo sobre liberdade. A mulher pode escolher o que é e tem o direito de dizer o que quer ser.
Matilde Simone Hubert é uma modelista e foi ela que serviu de modelo para os bustos presentes nas coleções Schiaparelli. Ela responde nossas perguntas.
WEFASHIONTRENDS: Qual é a sensação de ver seus seios nestas coleções? Matilde Simone Hubert: Estou muito orgulhosa. Faço este trabalho para viver experiências e dizer a mim mesma que meu busto foi usado para criar peças imortalizadas por grandes fotógrafos e usadas por personalidades, então arquivadas em uma casa de moda tão famosa, é mais do que o que eu poderia esperar na minha carreira.
O quão próximo você se sente deste processo? É uma pequena parte de mim presente em uma coleção de alta costura, mas me sinto desligada dela. Meu busto aqui é quase “universal”, não é de ninguém. É um trabalho que me ultrapassa como pessoa.
O que você acha da censura nas redes sociais? Tenho uma relação muito desinibida com o corpo e não faço distinção entre seios de homem e de mulher. O corpo e a nudez não são algo imoral, mas muito naturais. Somos feitos de carne e ossos, o corpo é nossa montaria e a dimensão sexual só chega mais tarde. Acho muito triste que essa mentalidade e cultura oriunda da moral religiosa confinem o corpo à perversão e tornem algo a ser escondido com urgência.
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