Sabe quando estamos sentada em um transporte público e chega um homem do seu lado a já logo abre bem as pernas ocupando mais espaço do que deveria? Existe um termo para isso, e se chama manspreading.
E por tantas mulheres reclamarem, a agência de notícias espanhola The Local informou na quarta-feira (07) que a cidade de Madrid decidiu banir a prática de todo seu sistema de transporte público.
Para as mulheres espanholas, a notícia é um grande recompensa. Durante muitos meses, elas assinaram petições e protestaram contra os homens que insistem em invadir o espaço pessoal de quem senta ao lado deles no transporte público.
Uma das petições, lançada pelo grupo Mujeres en Lucha e chamada de #MadridSinManspreading (#MadridSemManspreading, em espanhol), dizia que o manspreading “não é algo que ocorre esporadicamente. Se você prestar atenção, verá que é uma prática bem comum”.
A reivindicação foi enviada à prefeita de Madrid, Manuela Carmena, e à presidente regional da cidade, Cristina Cifuentes. “Não é difícil ver mulheres com suas pernas fechadas e bem desconfortáveis por conta de um homem ao lado invadindo o espaço delas com suas pernas abertas”, continuava o texto.
A Companhia Municipal de Transportes de Madrid (EMT), em especial, colocará novas placas sinalizadoras em todos os trens e ônibus, algo que o órgão espera que desestimule os manspreaders a se espalharem enquanto outros usuários estejam nos veículos.
A EMT se pronunciou em relação à ação: “os novos sinalizadores indicam que é proibido sentar em determinadas posições que incomodem as pessoas. É para lembrar os usuários de manterem a responsabilidade cívica e respeitarem o espaço pessoal de todos à bordo”.
Nova York foi uma das primeiras grande cidades a fazer campanha contra o manspreading em transportes públicos. Intitulado Dude, please stop the spreading (Cara, por favor, pare de se espalhar, em inglês), o movimento, que começou em 2014, fez com que homens que praticavam manspreading no metrô fossem presos pela polícia da cidade.
Já está mais do que na hora de fazer essa lei aqui no Brasil, não é mesmo?
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