Queda de cabelo pode até ser algo normal, mas quando os fios caem em alta quantidade deve-se procurar um tricologista imediatamente.
Embora seja comum encontrar alguns fios de cabelos espalhados pela casa, escritório, ou mesmo no banho, devemos ficar atentos quando isso se torna uma doença dermatológica. As principais causas da queda de cabelo são o Eflúvio Telógeno e a Alopecia Androgenética. São doenças bem diferentes, mas que provocam a queda difusa dos fios.
O Eflúvio Telógeno pode ser desencadeado por vários motivos: um paciente que faz uma dieta mais restritiva, que sofre um processo cirúrgico, que está estressado, com a imunidade baixa, que está no pós-parto, que fez troca ou parou com o anticoncepcional, enfim, inúmeras causas.
já a Alopecia Androgenética, depende dos hormônios e da genética de cada pessoa.
Em entrevista, a médica especialista em tricologia, Dra Anna Cecília Andriolo explica que a Alopecia Androgenética acontece quando o indivíduo já possui essa característica em sua carga genética e em determinado momento da vida alguns hormônios ativam esse código genético e a doença se instala.
“Na primeira fase dessa doença ninguém se preocupa muito, porque o cabelo fica mais fino, mais fácil de manusear, diminui o volume. Muitos até gostam destas modificações, mas o passo seguinte é a queda dos fios. Com o passar dos anos, se esse cabelo não for estimulado da forma correta, ele entrará numa fase de “dormência” e é aí que começamos a notar aquelas ‘entradinhas’ nos homens e aquelas rarefações no topo da cabeça das mulheres”, explica.
No Eflúvio Telogeno a queda dos cabelos é mais intensa, então o paciente chega a ter uma queda de mais de 200 fios por dia. Tem paciente que leva um “bolinho” de cabelo que recolhe no banho. Alguns ficam extremamente preocupados com a quantidade de fios que caem.
Essa é a dúvida da maioria das pessoas. “Sempre que você notar uma queda maior do que a habitual (lembre-se que alguns fios caem normalmente todos os dias), ou quando você perceber diminuição na densidade do couro cabeludo, é a hora de marcar uma consulta com um dermatologista credenciado na SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia). O profissional vai saber orientar e conduzir o tratamento”, completa a tricologista.
Existem exames específicos que são realizados durante a consulta médica, que podem auxiliar na diferenciação da causa da queda e permitem ao médico a escolha correta do tratamento de forma individualizada.
De acordo com a Dra Anna Cecília, o Eflúvio Telógeno, quando bem conduzido, leva, em média, até seis meses para ser controlado. Na Alopecia Androgenética o tratamento é a longo prazo e contínuo.
“Além dos tratamentos convencionais, hoje a cirurgia capilar está bastante avançada e pode ser considerada em vários quadros de queda de cabelo, desde que bem diagnosticados e acompanhados pelo dermatologista. Na cirurgia da Alopecia Androgenetica tiramos os fios da área doadora e os colocamos na área calva, corrigindo o defeito”, finaliza Anna Cecília.
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