Christian Dior: Ele é considerado um dos ícones da moda, visionário e não podemos deixar de dizer que ele se tornou um símbolo incontestável de elegância, refinamento e feminilidade. Desde o século XX, a alta-costura francesa solidificou sua posição como a principal influência no mundo da moda, e Christian Dior (1905-1957) é uma figura desse cenário.
Christian Dior nasceu em 21 de janeiro de 1905, na pitoresca Granville, uma cidadezinha que na época era um renomado destino de veraneio francês, frequentemente comparado até mesmo a Mônaco. Vindo de uma família rica, seu pai prosperava no ramo de fertilizantes, o que garantiu uma vida confortável e sem muitas privações para ele. A casa onde cresceu, viria a se tornar inspiração ao longo da sua trajetória.
Dior atribuía a sua mãe e aos exuberantes jardins repletos de roseiras a inspiração que despertou sua paixão pelas flores e pelos perfumes.
Os pais de Christian Dior tinham a expectativa de que ele trilhasse uma carreira diplomática, motivo pelo qual foi enviado a Paris para estudar Relações Internacionais. Contudo, desde jovem, ele frequentava ateliês de pintura e desenho, o que o levou a descobrir sua verdadeira vocação na moda. Chegou até mesmo a vender alguns de seus desenhos nas ruas.
Após acabar seus estudos, Christian Dior embarcou em uma jornada pela Europa. Em 1927, abre uma pequena galeria de arte (segundo a Vogue), com a ajuda do seu pai, onde, em parceria com o amigo Jacques Bonjean, comercializou obras de renomados artistas como Pablo Picasso (1881-1973) e expôs peças de Christian Bérard (1902-1949).
Apesar do sucesso inicial, a crise desencadeada pela queda da Bolsa de Nova York em 1929, somada à perda de sua mãe e irmão, bem como às dificuldades financeiras enfrentadas pelo negócio de seu pai, obrigaram Dior a fechar a galeria.
Até 1940, Dior trabalhou para o estilista Robert Piguet (1898 – 1953), até ser convocado para o serviço militar devido à eclosão da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), um conflito que impactou profundamente o mundo por vários anos.
Em 1942, após concluir seu serviço militar, Christian Dior retornou ao mundo da moda. Ele ingressou no ateliê de Lucien Lelong (1889-1958), onde colaborou com o estilista Pierre Balmain na criação de suas coleções.
Durante esse período, a guerra ainda assolava a Europa, e os grandes ateliês de moda franceses, incluindo o de Dior, produziam peças para as mulheres dos oficiais nazistas, buscando manter seus negócios em funcionamento, apesar das polêmicas associadas a essa prática.
Os anos de conflito deixaram marcas profundas em sua vida. Sua irmã mais nova, Catherine, foi capturada pelos alemães por sua participação na resistência francesa, sendo posteriormente libertada em 1945.
Com o fim da guerra e o lançamento de sua própria marca, Christian Dior dedicou seu primeiro perfume, o Miss Dior, lançado em 1947, à sua nova empreitada.
À medida que seu trabalho amadurecia e com o investimento do magnata da indústria têxtil Marcel Boussac (1889-1980), a Maison Dior foi fundada em 1946, marcando o início da história do império Christian Dior.
Embora tenha sido fundada em 1946, a marca geralmente celebra o ano de 1947 como o ponto de partida oficial. Isso se deve ao lançamento de sua primeira coleção, um marco que revolucionou o mundo da moda no século XX.
Embora inicialmente dividida em duas linhas denominadas “Corolle” e “Huit”, as peças de Dior logo foram universalmente conhecidas como “New Look”. O termo foi cunhado por Carmel Snow para descrever a coleção do estilista.
O visual distintivo era caracterizado principalmente por saias volumosas na altura das panturrilhas, cinturas altamente marcadas e bustos mais definidos do que era comum até então.
Nessa época, essas peças não eram de fato para qualquer pessoa, se você considerar a realidade do período. No entando, o “New Look” foi tido como um ponto de virada da moda, marcado a década seguinte.
A crise desencadeada pela Segunda Guerra Mundial resultou em trajes femininos mais econômicos e simples, já que os tecidos eram escassos e os altos custos dos materiais. O “New Look” criado por Dior desafiou essa lógica ao apresentar modelos luxuosos que consumiam cerca de 20 metros de tecido.
Ele se destacava no universo da moda devido ao seu talento extraordinário. No entanto, em uma época de recessão econômica, o luxo e a opulência da Maison Dior causavam admiração.
Apesar disso, seu estilo foi tão bem recebido que o escreveram: “O dinheiro poderia ter sido empregado em roupas vulgares ou efêmeras. Em vez disso, resultou em uma elegância exuberante, em uma linha que os críticos de moda afirmam não ter sido igualada no último quarto de século.”
Dior era conhecido por sua superstição e manias, incluindo o hábito de consultar o tarô. Em todas as suas coleções, havia um casaco batizado de Granville, em homenagem à sua cidade natal. De acordo com o Harper’s Bazaar, ele também criava terninhos com o nome de seu amado cachorro, Bobby.
Além de ser o criador de um dos estilos mais distintivos da época, Christian Dior também introduziu outras inovações no setor. Em 1949, ele se tornou o primeiro estilista a organizar e lançar a produção licenciada de seus projetos.
Dada a sua ênfase no visual completo, desde a cabeça até os pés, Dior considerava fundamental que sua marca oferecesse sapatos e acessórios específicos para complementar seus looks. Em colaboração com Jacques Rouët, Christian Dior licenciou seu nome para uma variedade de produtos e acessórios de luxo.
Assim, a Dior expandiu sua linha para incluir meias, gravatas, bolsas e calçados, além dos perfumes, em várias regiões do mundo. Essa diversificação e disseminação da marca contribuíram para que seu nome rapidamente se tornasse conhecido em todo o mundo.
No entanto, houve críticas, como da Câmara Francesa de Alta-Costura, que argumentava que esse movimento poderia depreciar a indústria do setor. Apesar disso, o licenciamento provou ser extremamente benéfico para a marca Christian Dior. Consequentemente, seu exemplo foi seguido de perto por quase todas as grandes marcas da época.
Apesar das críticas, Christian Dior foi um dos principais protagonistas na restauração de Paris no pós-guerra. Juntamente com outros renomados estilistas, como Coco Chanel, ele contribuiu significativamente para consolidar Paris como a capital mundial da alta-costura.
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O reconhecimento de Dior era tão notável que ele foi convidado a apresentar sua coleção em uma exposição privada para a família real britânica. Isso ocorreu apesar da proibição do rei George V de que as jovens princesas, Elizabeth e Margaret, usassem o “New Look”.
Nos anos 50, a Maison Dior viu uma prolífica produção, impulsionada pelo impacto do “New Look”, que unificava a silhueta desde o chapéu até os sapatos. Já em 1952, a introdução da linha “Profilée” destacava linhas e ângulos geométricos.
A coleção de primavera apresentava a linha “Tulipe”, que celebrava o busto com um design característico da década de 50. Enquanto isso, o verão viu o surgimento da linha “Vivante”, caracterizada por uma cintura mais flexível e saias mais curtas.
A partir de 1954, as coleções de Christian Dior começaram a se adaptar ao estilo de vida das mulheres modernas, afastando-se do luxo excessivo e abraçando a naturalidade da moda como inspiração central.
As três coleções subsequentes enalteceram a geometria das linhas H, A e Y, realçando o busto enquanto abdicavam de marcar a cintura (Museu Christian Dior Granville).
“Tenho as lembranças mais ternas e maravilhosas… da minha casa da infância. Eu diria até que a minha vida e o meu estilo devem quase tudo ao seu lugar e arquitetura.” Christian Dior, Museu Christian Dior Granville.
A história do Museu Christian Dior teve início com a ideia de transformar a vila “Les Rhumbs”, onde o estilista cresceu, em um local dedicado à sua memória. Esse projeto foi impulsionado pelo curador Jean-Luc Dufresne, primo mais novo de Dior.
De acordo com o museu, o centenário do nascimento de Christian Dior, em 2005, foi o momento ideal para uma renovação e para a subsequente exposição “Christian Dior, o homem do século”, reconhecida como de interesse nacional para a França.
Embora as paredes e as coleções do museu pertençam à cidade de Granville, a associação “Présence de Christian Dior” é responsável pelo financiamento e gestão de seus negócios.
O Museu Christian Dior é o único museu da França dedicado a um “couturier” (costureiro). Em junho de 2012, obteve o selo “Maison des Illustres” junto ao Ministério da Cultura.
Peças de Dior estão presentes em museus ao redor do mundo. No entanto, uma exposição em particular chamou a atenção global em 2017 no Museu de Artes Decorativas de Paris, intitulada “Christian Dior, Couturier du Rêve” (Costureiro dos Sonhos). Foi verdadeiramente espetacular!
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