O conceito da criação não afasta a marca de propostas comerciais focadas, aspecto muito bem-vindo numa época em que o timing de venda das coleções passa pela revolução do see now buy now. A coleção já está inteira nas lojas.
O ar geral é de um grunge renovado, mais nobre, com pitadas de glamour cintilante anos 80. Do grunge as peças trazem o aspecto xadrez, as modelagens com pitadas de oversized, ainda que um oversized bem controlado, com consciência do corpo. Nada anti-moda, pelo contrário. As pitadas de 80 nos tecidos brilhantes, nas mangas bufantes, nas peças acinturadas.
Como um show room em movimento, a apresentação difere dos desfiles tradicionais. O lançamento das peças de outono/inverno da marca foi no ateliê de Alessandra, na rua Cristiano Viana, mostrando o ambiente real onde a designer trabalha. É mais devagar, como a apreciação desse tipo de moda pede. Uma moda que fala de arte, de passado, e de se emocionar com isso.
Comemorando os 45 anos da marca, o desfile se transformou numa festa. A marca olhou para seu arquivo e resgatou ícones de sua história, como jaquetas de couro, coturnos e, claro, o jeans. Momentos como Rebeca Gobbi e Filipe Hillmann entrando com looks iguais e com o busto de fora – Rebeca ainda com um cigarro e franja nos olhos, revivendo a heroin chic e rebeldia dos anos 90 – levantam questões de gênero hoje tão comuns, mas que já tiveram seus momentos na Ellus tempos atrás.
Lolitta Hannud escolheu a Commedia dell´arte como ponto de partida. O cenário cru deixou a roupa ser a única personagem do espetáculo. Lolitta mostra amadurecimento e desejo de sair da zona de conforto, trabalhando com a modelagem mais ampla que começou a tomar força na última temporada. Suas peças mais conhecidas são as “body conscious“, com shape justo, e o trabalho com faixas e recortes.
A grife que é reconhecida pelo seu cuidadoso trabalho em tricô,não deixou nada a desejar nessa estréia no SPFW. O mood vem dos anos 70, 80 e 90 que aparecem em calças flares, em composição com vestidos e corseletes estilo vitoriano. Os plissados, sucesso garantido da marca, trazem nova leitura para a temporada. As apostas vão para macacões, calças joggers usadas com croppeds com manga bufante, jaquetas de modelo ski vintage que sobrepõem vestidos midi evases, leggings de cintura alta e blusas max ombros.
Com o styling fabuloso e trabalhando peças que transbordam qualidade, utilizando as lavagens mais claras do jeans, alternando com o branco, e com outros materiais, o lugar do denim na 2DNM é a perfeição. As sobreposições que poderiam em outros tempos inspirar uma espontaneidade menos cuidada, aqui são jogos matemáticos de respeito ao design.
Patricia Bonaldi trouxe para essa coleção tudo o que não existia no mundo dela como moletons, veludo e parkas. Peças com uma pegada mais street style e menos patricinha. As ruas e tudo o que vem junto – manifestações artísticas, música, estilo urbano e o sportswear – entraram no processo criativo e nesta coleção.
Lino Villaventura elevou o conceito esportivo-street-casual para os degraus mais altos da moda. Nesta coleção ele transmite a imagem de que saiu às ruas e flertou com um humor mais dark, aquele dark jovem e fácil de pegar. Alguns vestidos mais rococó aparecem com estampas cintilantes, mas ainda esses não fogem das ruas porque combinados com tênis e em comprimentos mídi.
Fonte: FFW
Fotos: Zé Takahashi / FOTOSITE
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